Opinião

O Safadão do Nordeste

"Aí surge nesse movimento um falso caçador de marajá na minúscula Alagoas que sempre contribui com cobras criadas para a política brasileira"
Da Redação
29/04/2025 às 16h04
Foto: Reprodução Foto: Reprodução

Por Hélio Consolaro

 

Quando este cronista nasceu, o Brasil saía de uma ditadura (Estado Novo) e depois veio outra, implantada pelo golpe militar de 1964. O Brasil vivia uma democracia cravada de períodos autoritários. Esta última (1964-85), comecei a contestá-la em 1969 na faculdade. Até me prenderam por subversão, participei da campanha das diretas, me elegi vereador (1983-88). Eu queria mesmo é votar para presidente! Não havia votado, só para cargos miúdos. 

 

Povo querendo votar para presidente. Aí surge nesse movimento um falso caçador de marajá na minúscula Alagoas que sempre contribui com cobras criadas para a política brasileira. Ultimamente, com um tal Arthur Lira. Fernando Collor de Mello encantou as mulheres com sua elegância, tinha uma vida de marajá, filho de família tradicional de Nordeste Brasileiro. 


Na verdade, o Safadão do Nordeste já era um prenúncio do bolsonarismo. A vitória de Collor organizou a política em cada município. Em Araçatuba, o oportunista foi Sidnei Cinti.  

 

Assim, a democracia brasileira começa de forma arlequinal, carnavalesca. Fiz a campanha do Lula, mas o caso de amor de Lula, antes do casamento, a Miriam Cordeiro, tirou o operário do páreo. Atualmente tivemos presidente com três mulheres, e as três se orgulhavam do sobrenome. 

 

Em 1991, após o golpe nas cadernetas de poupança, eu já estava gritando Fora Collor nas ruas de Araçatuba com cornetas em cima de um fusca. Eu também militava na política sindical. 

 

De repente, surge denúncia do irmão Pedro, a corrupção praticada por PC Faria e a avalanche dos caras pintadas. Nem precisa contar como terminou: impeachment e renúncia. Mais um vice assume: Itamar Franco.

 

QUEM MATOU QUEM?

 

A onça que atacou um caseiro no interior de Mato Grosso do Sul não deve voltar à região de mata onde foi capturada. O felino está sendo tratado no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande (MS), e, posteriormente, deverá ser encaminhado para um recinto provisório ou definitivo, a ser definido pelo governo. CORREIO DO ESTADO, 28/04/20252

 

Blog do Consa vai assumir a defesa da onça: atacou em legítima defesa. Ela ficou sem habitat natural, enfraqueceu-se e saiu como doida atrás de comida. Por obra da natureza matou e comeu um representante do seu agressor: um ser humano.

 

Certamente, a onça ajoelhou-se e agradeceu a Deus: obrigado por me mandar comida. O caseiro certamente fez seu pedido lamentoso, mas não foi ouvido. E ouvir uma voz cavernosa dizer: chegou a sua hora de destruidor morrer.


*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor.

Membro das academias de letras de Araçatuba-SP, Andradina-SP, Penápolis-SP e Itaperuna-RJ

 

** Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação

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